Retrato de um Torcedor

Retrato de um Torcedor

Oceis vai me discurpá,

as fala que eu vô dizê.

É coisas feita di amo,

da alma de um torcedô,

sei que oceis vai me intendê.

Pra dizê memo a verdade,

nem sei cumo cumeçá.

É tantas coisas que sinto

e juro por Deus num minto,

acho inté que vô chorá.

E quantas veiz já chorei...

Mai num si invergonho não!

Essas lágrima sintida,

rolaro tão dirritida,

partino do coração.

Um coração preto e branco,

uma bandêra di amô

que tremula no meu peito

nas hora de um grande feito

do “galinho-vingadô”.

Nas hora triste, confesso:

Fico muito disolado!

Mai nunca pensei deixá

de o meu Galo acumpanhá

andamo de braços dado!

Sempre a bandêra nas mão

e o dinheirinho contado,

eu rumo lás pras gerar

bem perto das laterar

e grito cumo um danado.

Chamo o juiz de ladrão!

E as veiz o coitado tá certo.

Quem guenta ficá calado

quando o seu time é parado

com a boca do gôlo aberto.

Dessas regra eu num intendo

e oi, nem quero intendê!

Eu quero, sim, as vitória

do meu crube, muitas glória

que vai elevá seu podê.

Cumo agora acunteceu:

dos grande ele é o premêro.

Meu Deus, quanta emoção,

sô campeão brasilêro!

Obrigado amado C.A.M.

Eu sempre vô ti amá.

E vô festejá todo dia,

sia e noite, noite e dia,

teu feito espetaculá.

E todo o Brasil te abraça

neste momento de glória.

É Minas toda que canta,

é um galo que se alevanta

e mostra o V da vitória.

Homenagem de Dina Fernanda ao Clube Atlético Mineiro – 1º Campeão Brasileiro – 19/dez/1971.

Prezado torcedor atleticano,

Parabéns pelo aniversário de nosso clube. Este texto eu encontrei na rua Nanci de Vasconcelos, bem perto do Independência, numa casa de molduras. Achei que traduz a essência atleticana, que nunca mudou. Somos a torcida de um time que NUNCA discriminou torcedor ou sócio algum. Clube ímpar na luta pela igualdade social da cidade de Belo Horizonte.

Abaixo a imagem que eu encontrei lá.

Um abraço e FELIZ DIA DO ATLETICANO!