Começa 2012. E como torcer? Como elaborar aquela derrota vexatória,
vendo os mesmos jogadores em campo? Como torcer para uma equipe que havia
humilhado sua própria torcida? A sensação de muitos torcedores foi semelhante a
isso, no começo de 2012. Eu confesso também ter estado próximo de desistir de
torcer por alguns dias. Chegou ao ponto de o time ser campeão mineiro de forma
invicta e eu sequer sorri. Por alguns meses, meu sentimento com o elenco que
ali estava era de desprezo e duvidas, alem de um imenso cansaço com tantos anos
travando batalhas contra equipes de terceiro escalão pela vaga na serie A.
O sentimento que eu vivi foi na alma. Uma alma apaixonada, vendo seu
objeto de devoção vivendo seus piores dias, sofrendo com lastimosas campanhas,
jogadores aquém daquele time histórico que fez a seleção brasileira tremer e
cair. E novamente eu pensava: como torcer? Assisti a todos os jogos da campanha
do campeonato mineiro, sempre cético, sempre pessimista, esperando pelo momento
que o time começaria novamente a briga para não ir a serie B.
Mas a alma é sempre a alma. E o atleticano veste o manto na alma. O
uniforme alvinegro não está vestido sempre no corpo, mas está tatuado na alma.
E essa é capaz de fazer com que nos reergamos sozinhos, que perdoemos atitudes
e deméritos. A alma alvinegra está além do bom ou ruim, ela é a explosão da
raça e do amor.
Então, com o decorrer de 2012, o time foi mostrando alma. A minha alma.
A sua alma. A alma alvinegra. O cruzamento de R49 para o gol de Leonardo Silva,
para mim, foi a maior explosão de pura alma alvinegra vista em campo por muitos
anos. Me lembrei da bomba santa de Éder Aleixo, contra o Botafogo, que tremeu o
travessão e encontrou a lua. Esse gol do Leonardo, que trouxe a atenção do
mundo para o glorioso vingador, não foi de Leonardo Silva. Aquela bola, em sua
trajetória lançada pelo novo Rei Ronaldinho, foi cabeceada por todos que ali
estávamos, que saltamos, paramos no ar, e, no momento certo, golpeamos. Todos
juntos. Um gol de uma torcida unida. Um gol alvinegro. Um gol da alma.
Vi novamente a alma de volta. Na raça do Jr. Cesar, na velocidade do
Bernard, na luta incansável do Leandro Donizete. A raça está impregnada nos
desarmes do Leonardo Silva e na alma guerreira do Pierre. Aliás, este merece
uma menção honrosa. Pierre é um leão. Ronaldinho e Jô, que comemoram os gols
como um galo que salta para desferir o golpe, depois sacode as penas e mostra
ao adversário os motivos pro medo. Tremei-vos, o Galo voltou e está com a alma
lavada, renovada.
Os outros times estão prontos, dispostos à briga? QUE VENHAM! E rezem,
peçam sorte, pelo menos, pois na alma já estão derrotados, pois a nossa é
ALVINEGRA e VINGADORA.
por Mário Romualdo (@marioromualdo)
Obrigado ao Fael Lima, pela atenção e cordialidade em examinar este texto.
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